quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Um outro olhar da história da comunidade de Sant'Ana


História
capelas de N Sª do Amparo
Por: Dorvalino Leite de Oliveira
No dia 15 de janeiro de 1969, inicia-se a comunidade de Sant’Ana pelo sacerdote Geraldo Silva. As reuniões se davam debaixo de uma barraca coberta por folhas de Indaiá. A doação do terreno para a construção da capela foi feita por Juventino de Paula Gomes. As famílias que ajudaram foram: João Barba, Dorvalino Leite, Zequinha Barba e seu filho Deno Barba, Paulo Cearense, Nenê Baiano, Jônatas Gregório, Palmerindo, Franscisco Gregório, Dede Furtado, Sebastião Furtado, João Gregório, Jair Gregório de Laia, e Jaci Gregório de Laia. As comunidades vizinhas de Água Limpa, Penha do Coco, Professor Sperbert e Chalé ajudaram na construção e evangelização. A construção da capela que teve início em fevereiro de 1970 e no dia 15 de junho, do mesmo ano, foi inaugurada onde nos reunimos até os dias atuais com fé e oração.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

26 de julho de 2012-festa da padroeira Santana


A comunidade de Santana/Chalé-MG recebeu visitantes de toda a paróquia N. Sª do Amparo e de igrejas evangélicas para celebrar a padroeira do lugar.
Neste dia comparreceram mais de 200 pessoas para a celebração da Santa Missa comemorativa à padroeira Santa Ana. A comunidade, como sempre muito acolhedora, ao final serviu uma farta feijoada acompanhada de arroz branco, couve e refrigerante.

Assembleia e ao centro, Sebatião Rodrigues Pereira, 84 anos, que fez o relato histórico segundo sua memória.

Quem é a Santa Ana?
Sant'Ana, cujo nome em hebraico significa graça, pertencia à família do sacerdote Aarão e seu marido, São Joaquim, pertencia à família real de Davi.
Imagem de Santa Ana da capela
Seu marido, São Joaquim, homem pio fora censurado pelo sacerdote Rúben por não ter filhos. Mas Sant’Ana já era idosa e estéril. Confiando no poder divino, São Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitência. Ali um anjo do Senhor lhe apareceu, dizendo que Deus havia ouvido suas preces. Tendo voltado ao lar, algum tempo depois Sant’Ana ficou grávida. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que havia de ser a Mãe de Jesus.
Leia mais em:  site de pesquisa na internet
Franciane, comentarista da Santa Missa


MISSA EM HONRA À SANTA ANA
A comentarista lembrou aos fieis quem é a Santa Ana?
Sant'Ana, cujo nome em hebraico significa graça, pertencia à família do sacerdote Aarão e seu marido, São Joaquim, pertencia à família real de Davi.
Seu marido, São Joaquim, homem pio fora censurado pelo sacerdote Rúben por não ter filhos. Mas Sant’Ana já era idosa e estéril. Confiando no poder divino, São Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitência. Ali um anjo do Senhor lhe apareceu, dizendo que Deus havia ouvido suas preces. Tendo voltado ao lar, algum tempo depois Sant’Ana ficou grávida. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que havia de ser a Mãe de Jesus.













Homilia
Padre Agnel fez a reflexão da Palavra do dia, e ressaltou a conexão entre os homens e Deus por meio das Santas e Santos de Deus. Os exemplos que cada um deixou para nós e das pessoas santificadas por suas atitudes que vivem nos dias atuais e que fazem deste mundo, um lugar bom de viver. Lembrar das pessoas que fizeram a história da humanidade e desta localidade é preservar a memória e valorizar o caminho desbravado que deixaram para facilitar nossa vida.

padre Agnel Martins Alves em sua homilia na capela de Sant'Ana
História da Comunidade na visão de Sebastião Rodrigues Pereira, 84 anos, que participa na comunidade vizinha de Santa Rita de Cássia, mas vivenciou o nascimento da comunidade de Santa Ana. Esta comunidade foi iniciada por senhores/as vindo de outros estados, mas, de conhecimento religioso consistente. Na Bíblia, em Eclesiástico cap. 1 diz: ”O temor do Senhor é o início da sabedoria. Ela foi criada com os homens fiéis no seio de sua mãe, ela caminha com as mulheres de escol, vemo-la na companhia dos justos e dos fiéis. O temor ao Senhor é a religião da ciência.Essa religião guarda e santifica o coração; ela lhe traz satisfação e alegria. “
Eclesiástico é considerado um livro que conta a história da igreja. Portanto, só na Bíblias, católicas e religiões ortodoxa possuem este livro. Naquele tempo já havia a preocupação com as gerações mais antigas e estudar, comentar, registrar o que elas fizeram em prol da humanidade e em prol da igreja e sua caminhada para o crescimento do Reino. É o que fazemos hoje, quando reportamos o que os pioneiros destas comunidades fizeram, não para o engrandecimento do homem e sim de seus feitos na evangelização.
Os primeiros que se destacaram neste trabalho são os sacerdotes. Em particular, na comunidade de Santa Ana, gostaria de destacar o trabalho do padre Geraldo Silva no período de 1967 a 1970, quando aqui esteve a pastorear o rebanho desta paróquia, e se sensibilizou pelos cristãos católicos que moravam em Santana e iam a pé à comunidade de Santa Rita de Cássia/ Água Limpa para assistirem às missas. Neste período só existiam as comunidades de Nossa Senhora da Penha/Penha do Coco, São José/Bananal e Santa Rita de Cássia/Água Limpa e da matriz/Chalé. As demais foram sendo criadas a partir do trabalho missionário de cada sacerdote que ia sentindo esta necessidade de atender ao povo. Padre Geraldo Silva criou oficializou esta comunidade de acordo com o Concílio do Vaticano II. Para, além disso, aqui em Santana se destacaram três famílias: dos Gregório, Melo, Barba. Família de católicos e não católicos, homens de bem e cristãos de verdade e se destacaram nesta comunidade e lutou muito, dando testemunho, rastro positivo para as novas gerações. Segundo Sebastião, na família de Melo, o Sr. Francisco Melo e José de Melo. Vou relatar um caso particular que aconteceu comigo: ...” tive um problema com um sujeito e eu na minha inexperiência estava muito nervoso e poderia ter tomado atitudes das quais me arrependesse depois, e o senhor Francisco Melo me aconselhou a tomar a decisão certa, e devo isto até hoje a ele e serve de exemplo para os que se encontram em situação problemática que procure alguém com mais experiência que eles podem nos ajudar muito”... Aprender a ouvir e valorizar as pessoas da terceira idade ou com mais experiência que a gente é sempre uma opção sensata.
Da família Gregório, destaco o Sr, Raimundo Gregório e Sebastião Gregório que também deixaram frutos de bom testemunho e de trabalho para o Reino de Deus.
Da família Barba, tinha o Sr. Joãozinho Barba e Zequinha Barba. Eles ajudaram na construção da estrada de Santana à Água Limpa que foi feita à braço de homens daquela época das duas comunidades. Pois nos anos sessenta não havia a facilidade de hoje com as máquinas patrolas, tratores que fazem o serviço em poucas horas. Os homens desbravadores daquela época gastaram 480 serviços para a sua construção e assim encurtar as distâncias e aproximar mais as pessoas das comunidades. Às mulheres cabiam a função e preparar o rango para tantos trabalhadores que cavavam de sol a sol, sem parar.
Ao senhor Zequinha, João Barba e Afonso Eller cabia a função de arrematar o serviço. Eles vinham atrás dos homens que abriam o caminho usando enxadas e enxadões, aparando os buracos, tirando os altos e baixos e fazendo a estrada ficar lisa e propícia para os caminheiros, charretes, cavalos, carros de bois e os poucos carros que havia naquele tempo. Todos os homens de bem daquela época merece uma salva de palmas por merecimentos de seus atos e testemunhos. Exemplo de bem para as novas gerações.
O senhor Sebastião finalizou o seu relato pedindo desculpas por não citar outros nomes pois, neste momento, foi o que sua memória relembrou.
É assim que se constrói uma história, a partir da visão e memória que cada um carrega consigo. Os nossos parabéns à comunidade de Santana que recebeu tão bem os visitantes e também a Sebastião Rodrigues Pereira, 84 anos, que se mostra bem lúcido e participante da comunidade como catequista e membro da equipe de liturgia de sua comunidade.
Postagem por : Sílvia Ambrósio Pereira Müller – PASCOM de Chalé