A comunidade de Santana/Chalé-MG recebeu visitantes de toda a paróquia N. Sª do Amparo e de igrejas evangélicas para celebrar a padroeira do lugar.
Neste dia comparreceram mais de 200 pessoas para a celebração da Santa Missa comemorativa à padroeira Santa Ana. A comunidade, como sempre muito acolhedora, ao final serviu uma farta feijoada acompanhada de arroz branco, couve e refrigerante.
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Assembleia e ao centro, Sebatião Rodrigues Pereira, 84 anos, que fez o relato histórico segundo sua memória. |
Quem é a Santa Ana?
Sant'Ana, cujo nome em hebraico significa graça, pertencia à família do sacerdote Aarão e seu marido, São Joaquim, pertencia à família real de Davi.
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Imagem de Santa Ana da capela |
Seu marido, São Joaquim, homem pio fora censurado pelo sacerdote Rúben por não ter filhos. Mas Sant’Ana já era idosa e estéril. Confiando no poder divino, São Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitência. Ali um anjo do Senhor lhe apareceu, dizendo que Deus havia ouvido suas preces. Tendo voltado ao lar, algum tempo depois Sant’Ana ficou grávida. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que havia de ser a Mãe de Jesus.
MISSA EM HONRA À SANTA ANA
A comentarista lembrou aos fieis quem é a Santa Ana?
Sant'Ana, cujo nome em hebraico significa graça, pertencia à família do sacerdote
Aarão e seu marido, São Joaquim, pertencia à família real de
Davi.
Seu marido,
São Joaquim, homem pio fora censurado pelo sacerdote Rúben por não ter filhos. Mas Sant’Ana já era idosa e
estéril. Confiando no poder divino,
São Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer
penitência. Ali um anjo do
Senhor lhe apareceu, dizendo que
Deus havia ouvido suas preces. Tendo voltado ao lar, algum tempo depois Sant’Ana ficou grávida. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que havia de ser a
Mãe de Jesus.
Homilia
Padre Agnel fez a reflexão da Palavra do dia, e ressaltou a conexão entre os homens e Deus por meio das Santas e Santos de Deus. Os exemplos que cada um deixou para nós e das pessoas santificadas por suas atitudes que vivem nos dias atuais e que fazem deste mundo, um lugar bom de viver. Lembrar das pessoas que fizeram a história da humanidade e desta localidade é preservar a memória e valorizar o caminho desbravado que deixaram para facilitar nossa vida.
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padre Agnel Martins Alves em sua homilia na capela de Sant'Ana |
História da Comunidade na visão de Sebastião Rodrigues Pereira, 84 anos, que participa na comunidade vizinha de Santa Rita de Cássia, mas vivenciou o nascimento da comunidade de Santa Ana. Esta comunidade foi iniciada por senhores/as vindo de outros estados, mas, de conhecimento religioso consistente. Na Bíblia, em Eclesiástico cap. 1 diz: ”O temor do Senhor é o início da sabedoria. Ela foi criada com os homens fiéis no seio de sua mãe, ela caminha com as mulheres de escol, vemo-la na companhia dos justos e dos fiéis. O temor ao Senhor é a religião da ciência.Essa religião guarda e santifica o coração; ela lhe traz satisfação e alegria. “
Eclesiástico é considerado um livro que conta a história da igreja. Portanto, só na Bíblias, católicas e religiões ortodoxa possuem este livro. Naquele tempo já havia a preocupação com as gerações mais antigas e estudar, comentar, registrar o que elas fizeram em prol da humanidade e em prol da igreja e sua caminhada para o crescimento do Reino. É o que fazemos hoje, quando reportamos o que os pioneiros destas comunidades fizeram, não para o engrandecimento do homem e sim de seus feitos na evangelização.
Os primeiros que se destacaram neste trabalho são os sacerdotes. Em particular, na comunidade de Santa Ana, gostaria de destacar o trabalho do padre Geraldo Silva no período de 1967 a 1970, quando aqui esteve a pastorear o rebanho desta paróquia, e se sensibilizou pelos cristãos católicos que moravam em Santana e iam a pé à comunidade de Santa Rita de Cássia/ Água Limpa para assistirem às missas. Neste período só existiam as comunidades de Nossa Senhora da Penha/Penha do Coco, São José/Bananal e Santa Rita de Cássia/Água Limpa e da matriz/Chalé. As demais foram sendo criadas a partir do trabalho missionário de cada sacerdote que ia sentindo esta necessidade de atender ao povo. Padre Geraldo Silva criou oficializou esta comunidade de acordo com o Concílio do Vaticano II. Para, além disso, aqui em Santana se destacaram três famílias: dos Gregório, Melo, Barba. Família de católicos e não católicos, homens de bem e cristãos de verdade e se destacaram nesta comunidade e lutou muito, dando testemunho, rastro positivo para as novas gerações. Segundo Sebastião, na família de Melo, o Sr. Francisco Melo e José de Melo. Vou relatar um caso particular que aconteceu comigo: ...” tive um problema com um sujeito e eu na minha inexperiência estava muito nervoso e poderia ter tomado atitudes das quais me arrependesse depois, e o senhor Francisco Melo me aconselhou a tomar a decisão certa, e devo isto até hoje a ele e serve de exemplo para os que se encontram em situação problemática que procure alguém com mais experiência que eles podem nos ajudar muito”... Aprender a ouvir e valorizar as pessoas da terceira idade ou com mais experiência que a gente é sempre uma opção sensata.
Da família Gregório, destaco o Sr, Raimundo Gregório e Sebastião Gregório que também deixaram frutos de bom testemunho e de trabalho para o Reino de Deus.
Da família Barba, tinha o Sr. Joãozinho Barba e Zequinha Barba. Eles ajudaram na construção da estrada de Santana à Água Limpa que foi feita à braço de homens daquela época das duas comunidades. Pois nos anos sessenta não havia a facilidade de hoje com as máquinas patrolas, tratores que fazem o serviço em poucas horas. Os homens desbravadores daquela época gastaram 480 serviços para a sua construção e assim encurtar as distâncias e aproximar mais as pessoas das comunidades. Às mulheres cabiam a função e preparar o rango para tantos trabalhadores que cavavam de sol a sol, sem parar.
Ao senhor Zequinha, João Barba e Afonso Eller cabia a função de arrematar o serviço. Eles vinham atrás dos homens que abriam o caminho usando enxadas e enxadões, aparando os buracos, tirando os altos e baixos e fazendo a estrada ficar lisa e propícia para os caminheiros, charretes, cavalos, carros de bois e os poucos carros que havia naquele tempo. Todos os homens de bem daquela época merece uma salva de palmas por merecimentos de seus atos e testemunhos. Exemplo de bem para as novas gerações.
O senhor Sebastião finalizou o seu relato pedindo desculpas por não citar outros nomes pois, neste momento, foi o que sua memória relembrou.
É assim que se constrói uma história, a partir da visão e memória que cada um carrega consigo. Os nossos parabéns à comunidade de Santana que recebeu tão bem os visitantes e também a Sebastião Rodrigues Pereira, 84 anos, que se mostra bem lúcido e participante da comunidade como catequista e membro da equipe de liturgia de sua comunidade.
Postagem por : Sílvia Ambrósio Pereira Müller – PASCOM de Chalé